Faz alguns anos que Florianópolis vem se tornando um centro de grande atenção pela quantidade de startups e empresas de tecnologia que estão se desenvolvendo na região.
Inclusive, os diversos eventos promovidos pelo Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micros e Pequenas Empresas), fortalecem ainda mais esse cenário na capital catarinense, já chamada de “Ilha do Silício”.
Não apenas Floripa, mas todo o estado de Santa Catarina conta com mais de 17 mil startups e contribui com cerca de 6% do PIB da região.
Isso foi acatado ainda este ano, durante o evento promovido pelo Sebrae em 2022, Startup Summit, onde ocorreu o anúncio de reconhecimento do estado de SC como o “epicentro” das startups no Brasil.
A redução dos investimentos e valuation das startups
Existe, sim, algum receio em torno das startups e seu progresso, dados os altos números de demissões e redução de orçamentos que vimos acontecer em tantas empresas ao longo do ano passado, assim como uma menor quantidade de investimentos realizados e valores investidos.
Segundo uma pesquisa realizada pela plataforma Distrito, os investimentos reduziram em 45% no período.
Fatores como o cenário econômico global, a inflação, as eleições e a Copa do Mundo contribuem para que a atenção se disperse, tornando também a valorização das startups mais difícil.
O valuation das startups foi bem menor em comparação a 2021, por exemplo. Enquanto no último ano 10 startups se tornaram unicórnio, chegando à marca de valorização de 1 bilhão de dólares, em 2022, apenas 3 empresas conseguiram esse feito.
Os desafios que as startups podem enfrentar este ano
Há alguns meses, estamos encarando uma onda de demissões, também chamadas “layoffs“, que acontecem tanto por problemas administrativos, financeiros e, por vezes, falta de qualificação profissional.
O principal elemento que terá impacto na gestão das startups é algo sobre o qual não se tem nenhum controle: a economia global. O aumento de juros e da taxa de inflação não está acontecendo apenas no Brasil e as expectativas de mantê-las sob controle ou reduzi-las não é tão positiva.
Ou seja, os investidores estarão buscando investir em negócios nos quais tenham maior segurança de retorno, como os investimentos de renda fixa, podendo contribuir para uma desvalorização das startups.
A expectativa positiva para as startups em 2023
Apesar de todos esses contratempos, continua sendo um mercado bastante aquecido e não esperamos que ele fique totalmente no negativo. Principalmente para as startups early stage, que receberam a maior parte dos aportes no último ano.
As chamadas “startups centauros” também estão mais aquecidas para receber investimentos, já que possuem uma maior liquidez e atraem a atenção dos investidores que, como comentamos, buscam maior segurança em seus negócios.
Inclusive, de acordo com o membro da Advisory Board da BTTECH e COO do BTLAW, Carlos Akira Sato, existe uma expectativa de retomada nos investimentos a partir do segundo trimestre de 2023.
Muito pelo constantemente investimento e estímulo às inovações e novas tecnologias, que ainda no começo do ano, já notamos se manter como um forte fator. Mas, também por já se tratar de um período em que o país estará mais estável e adequado após o período de eleições.
Até lá, como é possível preparar a sua startup para ganhar tração e ter um valuation maior para receber aportes?
Dicas para impulsionar a sua startup e gerar mais negócios em 2023
Confira algumas dicas que o CEO da Square² Growth Marketing, Bruno Rios, dá para impulsionar a sua startup e ter mais atenção dos potenciais investidores em 2023:
Ter um plano de crescimento claro
O maior interesse dos investidores é entender os planos de crescimento e estratégias para a marca.
Portanto, deve-se ter objetivos e metas claros, assim como a visualização exata de para onde será direcionado o valor recebido no investimento.
Avaliar os indicadores de crescimento
Para começar um planejamento, é preciso entender quais são os indicadores de crescimento da sua empresa. A partir deles, a previsão dos resultados futuros se torna mais precisa.
Dentre os principais, considerados pelos investidores, estão o LTV (Lifetime Value), CAC (Custo de Aquisição de Cliente), Market Share (Participação de Mercado), Ticket Médio e a Taxa de Conversão de Venda.
Construir estratégias certeiras
Além de ter os indicadores e objetivos de crescimento definidos, é preciso utilizá-los para gerar estratégias que fazem sentido e geram resultados de verdade. Se um dos objetivos é a geração de leads, a estratégia deve passar pela produção de conteúdos para download, por exemplo.
Por outro lado, se o objetivo é voltado para o aumento da taxa de conversão, as estratégias precisam focar no trabalho com a base já existente, buscando uma qualificação maior desses leads — e já “eliminando” os leads que não fazem sentido para a startup.
Saber reavaliar e trocar de rota quando necessário
Quando começam a aparecer problemas para cumprir os objetivos da startup, é preciso dar um passo para trás e reorganizar o planejamento.
Se foram gerados muitos leads desqualificados, é preciso entender se o problema está na comunicação do produto ou serviço, ou se a nutrição dos leads tem algum problema, ou mesmo se o principal problema está na equipe de vendas.
Identificar onde está a falha e “pivotar” é uma parte importante (e até normal) para uma startup.
O conceito de pivotar gira em torno de trocar o direcionamento do negócio, seja relacionado ao produto ou serviço oferecido, ou à estratégia de comunicação e marketing utilizada. E, para entender onde está a sua solução, é preciso analisar os dados do negócio e tomar decisões embasadas.
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